quinta-feira, 21 de maio de 2009

O álcool na sociedade

A origem da bebida alcoólica é até hoje incerta, porém muitos historiadores, de acordo com registros arqueológicos, acreditam que o álcool tenha surgido na sociedade há aproximadamente dez mil anos atrás, no período Neolítico da Pré-história. Porém naquela época, era utilizado somente o método da fermentação, resultando em um baixo teor de álcool.
Praticamente todos os povos primitivos elaboravam uma bebida alcoólica com suas próprias particularidades. A cerveja, por exemplo, uma das bebidas alcoólicas mais consumidas no mundo, é tida como a mais antiga consumida pelo Homem. Desde o seu inicio, o consumo do álcool teve sempre seus propósitos, mesmo que distintos de acordo com cada civilização. Era muito comum o consumo em celebrações, sejam elas sociais, religiosas, ou qualquer outra. O álcool também era utilizado muitas vezes como medicação.
Uma situação curiosa que achei interessante colocar aqui foi um dos mais antigos “porres” da humanidade. Em passagens da Bíblia, podemos conferir a embriaguez de Noé. Que após o consumo excessivo de vinho, podendo até ser autuado pela lei seca se fosse pego navegando sua famosa arca (Desculpem, não consegui evitar essa), tirou sua roupa, gritou e acabou por desmaiar. Como podemos constatar, o excesso de álcool acompanha a humanidade desde os primórdios.
Entretanto, a questão a se discutir é o porquê da introdução de bebidas como essa na sociedade. Apesar de falar particularmente de bebidas alcoólicas, essa questão também pode envolver outro tipos de drogas, como cigarro, maconha, cocaína, ou qualquer outra capaz de alterar o comportamento normal do ser humano.
O álcool tem efeito narcotizante, ele altera a consciência das pessoas, provocando mudanças no sistema nervoso. Entre as conseqüências imediatas que o ele nos traz, estão: Sensação de fuga da realidade, desinibição, lentidão nas ações, perda de memória, etc.
Mesmo que descoberto ao acaso, o Homem soube usufruir muito bem dos efeitos causados pelo álcool. Tirando como base nossa sociedade atual podemos observar claramente quando e por que bebidas alcoólicas são ingeridas. Os problemas sociais tais como, educação, saúde, desemprego, assolam o mundo inteiro, e o álcool muitas vezes tem a função de trazer paz, e fazer com que o ser humano tenha uma válvula de escape para quando a situação “apertar”.
Porém, como muitas outras invenções do Homem, o álcool virou-se contra a humanidade, passando a ser um dos temas mais discutido atualmente devido a suas conseqüências em diversas situações, entre elas o trânsito. Hoje em dia, consumo de álcool é fiscalizado em boa parte do mundo, principalmente quando o consumo está associado à condução de um veículo.
Lembrando que foi em 1952 com a primeira edição do DSM-I (Diagnostic and Statiscal Manual of Mental Disorders) que o alcoolismo passou a ser tratado como doença, mas somente em 1967, o conceito do mesmo foi incorporado pela OMC (Organização Mundial de Saúde).
Concluindo, o álcool está mais do que nunca presente em nossa sociedade, no entanto é preciso conscientizar as pessoas de que o consumo do mesmo pode ser prejudicial tanto a sua saúde quanto a saúde do próximo. Mas como fazer isso com uma sociedade acostumada com leis falíveis, e com problemas maiores do que o próprio planeta? O problema talvez esteja na veiculação excessiva nas mídias, no qual o álcool é tido como “poção mágica de Asterix”. Em que ao invés de romanos para combater, temos os problemas sociais mais do que presentes, e ao invés da poção mágica que revigora e dá forças aos gauleses, temos o álcool, que “nos faz enfrentar dificuldades e superá-las”.


Referências Bibliográficas:
http://www.consciencia.net/2003/07/12/transito2.html
http://veja.abril.com.br/blog/nutricao-homo-obesus/114342_comentario.shtml
http://br.geocities.com/cervisiafilia/cervmundo.htm
http://www.alcoolismo.com.br/artigos/historia.htm

3 comentários:

  1. Ufa! Terminei de ler...rsrs...

    Felipe! Ótima comparação... A sociedade foge da realidade através da bebida, fumo, entorpecentes e outros narcóticos. Reflexo da marginalização e desigualdade social. Como você citou, as leis são falhas.

    O fumo, por exemplo, foi proibido em locais fechados, uma lei ainda evaziva que não é cumprida em muitos desses ambientes. O mais revoltante é que os "fumantes passivos" são os mais prejudicados, o maior índice de morte provocada pelo cigarro são de pessoas que não fumam. A saúde alheia não importa para quem fuma... por isso é necessário criar uma lei, mesmo que esta não funcione. Pois o Estado considera que fez sua parte. Num país que a bebida, o fumo e os entorpecentes são soluções para as dificuldades da vida, não se pode esperar muita coisa não é mesmo?

    Quando você diz "a veiculação excessiva na mídia", refere-se a publicidade, certo?

    Bjs,
    3º semestre de jornalismo

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  2. Isso mesmo Analina, eu quis me referir exatamente a publicidade. Boa observação a respeito da proibição do fumo em locais fechados, que nada mais é do que uma maneira de apresentar serviços prestados, porém sem muita eficácia. O mesmo acontece com a Lei Seca, que no ínicio de sua implantação causou polêmica e receio aos motoristas, que em poucos meses foi esquecida voltando a índices de álcool ao volante iguais aos de antes.

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  3. Creio que este post tem muito mais a ver com Sociologia do que com Comunicação Comparada...reflita!

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