domingo, 24 de maio de 2009

A Era do Jornal Eletrônico



Muito se fala no fim do jornal impresso e o assunto dá pano para manga entre os especialistas. Verdade é que devido a fatores como a sustentabilidade ambiental e a economia de recursos da natureza, bem como, a agilidade na troca de informações proporcionada pela internet, o jornal impresso está em vias de se tornar algo obsoleto e que gera custos desnecessários (confecção, distribuição, etc.).

Enquanto algumas pessoas têm certeza de que as novas mídias brevemente substituirão o papel com mesma ou maior eficácia que o atual formato impresso, há uma grande parte de especialistas que não acredita no fim da impressão de notícias argumentando que muitos acreditavam que o advento da televisão no Brasil, na década de 50, extinguiria o rádio. Coisa que, sabemos, não aconteceu.
Discussões a parte, alguns veículos já aboliram o uso do jornal impresso e funcionam somente em seu formato eletrônico. Entre os que apostaram nisso está o jornal finlandês Taloussanomat que, com o intuito de cortar custos de produção, decidiu em dezembro de 2007, encerrar sua edição impressa e permanecer apenas com o site. Vários jornalistas foram desligados e, consequentemente, uma redução na quantidade de notícias veiculadas no jornal eletrônico. Em princípio, pela novidade, o jornal ganhou leitores mas, após cerca de três meses o acesso ao site caiu cerca de 22 % subindo alguns números poucos meses depois. Hoje, a equipe do jornal conta com 16 pessoas entre editores, repórteres e novos contratados, necessários para o novo formato como, marketing, tecnologia e administração.

O Seattle Post-Intelligencer também aderiu à extinção da versão impressa e tornou-se o primeiro jornal americano totalmente eletrônico. Após 146 anos de história, a instituição publicou sua última edição impressa em 17 de março de 2009. A empresa proprietária do jornal, a Hearst Corporation, substitui cerca de 160 jornalistas por “colabores” que escrevem sobre temas diversos baseando-se em artigos de sites como o Associated Press. O número de visitantes diários do site, atualmente, oscila entre 1,3 milhão e 1,4 milhão, pouco menos que os 1,7 milhão vigentes enquanto a versão impressa ainda era produzida.

De modo geral, a mudança para o formato exclusivamente eletrônico, até agora, têm se demonstrado positiva e favorece que outros veículos do mesmo segmento adotem a mesma medida em breve. Nos casos supracitados, nota-se que a diminuição de leitores aconteceu em decorrência da demissão dos jornalistas, acarretando a diminuição de conteúdo, e também devido ao fato de que a edição impressa servia como forma de divulgação do site do próprio jornal.

Quer acabe, quer não acabe, quer se adapte às novas mídias, fato é que o jornalismo nunca acabará, mas a forma de transmitir as informações já mudou há algum tempo e continuará mudando para se adaptar às novas formas de transmitir notícias. Cabe aos leitores, cidadãos, selecionarem as informações que irão consumir, independente do meio utilizado, e como deixarão que elas afetem suas vidas e o modo como vêem o mundo. Muita calma nessa hora...


FONTE:
E. L. SILVA, CARLOS . Como os jornais resistem à nova era. Disponível em: <
http://epocanegocios.globo.com/Revista/Epocanegocios/0,,EDG82827-8373,00-COMO+OS+JORNAIS+RESISTEM+A+NOVA+ERA.html> Acesso em 24/05/2009

M. MENDONÇA, FELIPE. A imprensa torturada pela internet. Disponível em: <http://www.cartacapital.com.br/app/materia.jsp?a=2&a2=7&i=4013> Acesso em 24/05/2009

Matéria: Após 146 anos, Seattle Post-Intelligencer migra para a web (Efe). Disponível em:<http://www.estadao.com.br/noticias/tecnologia,apos-146-anos-seattle-post-intelligencer-migra-para-a-web,340125,0.htm> Acesso em 25/05/2009

Matéria: Extinguir versão impressa dos jornais diminui acessos a seus sites, diz pesquisa. Disponível em:
http://www.adnews.com.br/midia.php?id=87858 Acesso em 25/05/2009

7 comentários:

  1. Oi Cris!

    A melhor alternativa é essa migração do jornal para o virtual, pois poupa-se a natureza e ao mesmo tempo o jornal pode encontrar nesse novo formato, a possibilidade de entretenimento com o público; pode incentivar os seus leitores a "mergulhar" na notícia com recursos de vídeos e aproveitar a ocasião para incentivar o clique em outras notícias...

    bjos : )

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  2. Eu, particularmente, acho que o jornal impresso será extinto levando em conta o tempo que passamos diante do computador. São máquinas cerebrais por todo lado e essa necessidade de saber de tudo no mesmo segundo que acontece vai, automaticamente, fazer com que as pessoas se adaptem ao jornal eletrônico. E os veículos do ramo estão percebendo isso, tanto é que, alguns, já migraram para o novo meio e tiveram suas expectativas em relação a isso, correspondidas.

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  3. Oi Cris...

    Isso é sem dúvida a evolução dos meios. E talvez essa inovação, livro eletronico jornal eletronico, possa despertar o interesse das pessoas pela leitura.

    Parabéns pelo texto!

    Bjs!

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  4. Eu concordo em termos, Luis.

    Acho sim que, uma vez estando no computador o interesse das pessoas pela leitura de jornais eletrônicos possa aumentar contudo, as "seduções" da internet são tantas que muitos aproveitam o tempo on line pra TUDO, menos pra adquirir conhecimento...

    Bjo!

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  5. Mas afinal, o que é "CONHECIMENTO"?
    A internet é o livro dos dias... e o jornal também.. há um encontro de interesses que precisa ser levado em conta neste caso. O computador é o suporte de todos os suportes. Muito diferente entre este debate entre papel e TV...

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. O conhecimento ao qual me referi é algo além de sites de relacionamento e pornografia. Acho que qualquer experiência pode agregar valores. Não julgo quem gosta de sites assim, só quis dizer que a informação, no sentido de estar antenado com o que acontece em nossa cidade e no mundo tem valor bem maior que informações extraídas de alguns sites que não os jornalísticos.

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