quinta-feira, 30 de abril de 2009

Rádios Comunitárias

Elas podem ser chamadas por dois nomes: Comunitárias ou popularmente “Piratas” como a grande maioria conhece, com elas trazem várias polêmicas: por que não legalizá-las?

Essas rádios na maioria das vezes têm uma audiência significativa (até serem fechadas pela polícia federal), pois elas passam o quê realmente o público quer ouvir, não tem o famoso “jabá”, porém quem faz a programação são os moradores da comunidade.

Um fator também muito importante para o “sucesso” dessas rádios com certeza é a linguagem simplificada, o ouvinte entende perfeitamente o quê está sendo veiculado, a comunidade é a dona da programação, as pessoas ligam e pedem suas músicas preferidas, o comércio fica conhecido através dos anúncios, os eventos e fatos mais importantes são divulgados, a rádio é a extensão da comunidade.

Por lei toda rádio comunitária tem que ter um projeto social.

Há o lado ruim, essas rádios por não terem condições financeiras acabam trabalhando com aparelhagem barata de péssima qualidade, e com isso acaba interferindo nos outros meios de comunicação como por exemplo no sinal das rádios legalizadas e até mesmo na comunicação dos aeroportos.

Elas também não pagam os direitos musicais e isso realmente é um problema.

Um exemplo de resistência com toda certeza é a rádio Favela FM (Minas Gerais) do alto do morro na favela Nossa Senhora de Fátima ela através das ondas radiofônicas espalham informação, arte e entretenimento de forma democrática e independente. Ela surgiu em 1980 com a finalidade de informar a comunidade, anunciar suas queixas, combater o tráfico e consumo de drogas na região, divulgar músicas do próprio morro e com uma linguagem bem simples.

Foram muitas as tentativas de fechar a rádio, relata Misael Avelino dos Santos (www.spiner.com.br), um dos fundadores da rádio, a polícia chegava com muita violência, destruindo os equipamentos e até batendo nos moradores. Era realmente um “Deus nos acuda!”.

Após muitos anos de muita luta e apoio total dos moradores da região, o governo não teve outra escolha a não ser legalizar a rádio, apesar de legalizada ela não foge dos parâmetros de uma rádio comunitária, pois até hoje não aceita vínculo com o governo para ter a obrigação de fazer politicagem.

O rádio de uma forma geral é usado para influenciar as pessoas, um exemplo disso é o governo que usa o espaço da rádio para fazer propagandas políticas, sem contar o apoio de alguns candidatos, apoios que muitas vezes fogem do conhecimento da população, são feitos “por debaixo dos panos”. Os ouvintes não percebem, são narcotizados pela programação. A identificação com a rádio é tão grande que a indústria cultural se aproveita disso através dos intervalos comerciais.

Enfim, legalizadas ou não elas tem os mesmos papéis, que é de informar, educar e entreter os ouvintes, apesar de muitas fugirem desse paradigma.


Postado por: Fernanda Dias Gama

Referências: www.spiner.com.br

Vídeos: www.youtube.com/watch?v=-E9F5548hac

www.youtube.com/watch?v=WEk-We8IEX4


2 comentários:

  1. muito legal o post

    acho que é isso mesmo a rádio alcança muita gente mas a muito tempo não anda falando a lingua do puplico, as rádios comunitárias em minha opnião são fundamentais em cidades grandes principalmente, pois tudo é muito massificado em uma cidade como São Paulo por exemplo e a rádio comunitária fala dos anceios das passoas que vivem em um determinado local e tem uma vida mais em comum.

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  2. Muito bom Fernanda, principalmente a parte em que você fala que as radios comunitarias são a extensão da comunidade!
    postado por: Luis Leite

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