sábado, 11 de abril de 2009

Contracultura – hippies –mudar o mundo – Como as novas mídias da época influenciaram

A contracultura é um movimento que era contra os padrões estabelecidos na sociedade moralista e consumista, impregnando novos valores na sociedade, muitos acham que a contracultura é um movimento essencialmente hippie, o que não é verdade, são contraculturais também os movimentos raciais, feministas. punks, etc.

O grande grupo da contracultura foi o hippie, essa comunidade que nasceu nos anos 60, essencialmente jovem, descontente com a guerra do Vietnã e com os padrões capitalistas. Inspirados pelos Beats (intelectuais rebeldes dos anos 50), os hippies pregavam a paz e o amor, o sexo livre, a igualdade racial, igualdade entre os sexos, o prazer da mulher, o amor ao próximo, alem de se inspirar em grande parte em São Francisco de Assis, com a expansão tecnológica na comunicação houve nos E.U.A algo semelhante a o que aconteceu à Grécia antiga que foi dominada pólo exercito de Roma, mas cujo cultura dominou Roma, do Japão dominado, foi levado aos E.U.A o zen-budismo que despertou a atenção dos beatniks, “Da Índia, antigo vice-reino colonial inglês, difundiu-se por universidades e editoras inglesas o estudo do budismo, que propiciou a viagem de vários líderes espirituais indianos à Grã-Bretanha. Foi num desses ciclos de conferências que os Beatles decidiram seguir Maharishi aos píncaros gelados de seu retiro espiritual perto do Himalaia” (fonte veja 1969).

O que ocorre é que através do rádio e da televisão, aquela juventude já saturada de toda aquela estrutura careta passa a conhecer uma nova cultura, o que lhes faz criar seus próprios valores e disseminar esses valores pelo mundo através do rádio e da televisão, o que nos faz perceber a influencia desses meios na cultura hippie, pois diferente da era tipográfica e mecânica que era fragmentada e individualista, a era elétrica é mais globalizada, principalmente se tratando da área de comunicação, e se antes a informação era restrita a classe econômica mais elevada pois tinham aceso a alfabetização, com os novos meios abria a possibilidade de uma democratização da comunicação mundial, e tendo por exemplo os Beatles tocando no mundo todo, conseguindo passar sua mensagem e inspirando a musica mundial se tornava cabível a idéia de mudar o mundo.

A contracultura sofreu muita resistência, pois seus valores desmistificavam toda uma sociedade, mas essa mesma não ficou só nos E.U.A surpreendendo no Brasil também, tendo como exemplo a frase escrita por Luiz Carlos Maciel, no disco do Secos e Molhados da coleção dois em um:

Se naquele tempo, se uma nave-mãe tivesse pousado, por exemplo, na Praça dos Três Poderes, em Brasília e despejasse através de suas portas alguns alienígenas, ela não teria causado um impacto, uma perplexidade e um maravilhamento como o provocado por um grupo de musica popular brasileira chamado secos e molhados.

O que ocorre é que com o rádio e a tv se difundindo gradativamente no mundo tornava-se incabível continuar com certos valores, da mesma forma que com a prensa e a bíblia se espalhando se tornava incabível a distorção de suas palavras pela igreja católica e o com Lutero foi possível se fazer a Reforma, quando começasse a mostrar as mortes da guerra do Vietnã na televisão os jovens começaram a questionar tudo aquilo, e quando se percebe que as palavras ditas em musicas já não ficam somente em um bairro, um estado, ou um pais, mas ganham o mundo, os jovens expandem seus horizontes e fazem essa contracultura mudar uma parcela muito grande do pensamento e dos valores ocidentais.

Depois de ler vários artigos de jornais e revistas sobre o assunto alem de blogs e sites, me pergunto se sem o rádio e a televisão os valores contraculturais hippies no caso iriam ter tido o mesmo efeito e se através da Internet não há de vir algo nesse gênero para nos fazer pensar na sociedade atual.

Um comentário:

  1. MUITO BOM! Bela análise Gois!

    Esse paralelo analisa de maneira leve, mas muito inteligente, as influências da mídia na criação e difusão da contracultura.

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