segunda-feira, 6 de abril de 2009

"MÍDIA PARTICULAR"

Você já parou para analisar o desenvolvimento da mídia ao longo dos anos?
Desde os primórdios, civilizações históricas usavam da arte para passar a diante o seu pensamento e suas ideologias, através de desenhos nas cavernas ou em objetos. Hoje, é possível não só traduzir essas mensagens, mas também estudá-las podendo traçar hábitos, crenças e o seu modo de vida, transformando esse estudo em um trabalho científico. Como será no futuro? Como se enxergará a mídia atual? Podemos dizer que essa mídia nos representa com fidelidade? Que ela traça o nosso perfil e o nosso comportamento de modo literal?
A resposta a essa questão pode ser negativa, mas independente dos abusos ou da falta de discernimento da mídia exploradora que insiste em velhos clichês de dramas humanos, de sexismo tolo e gratuito e da “novelização” de tragédias do cotidiano, penso que a cada dia a mídia torna-se independente do “sistema”. Vou além e digo que o futuro da mídia é a transformação da mensagem de uma forma que ela seja pessoal, particular, quase íntima, não só em sua interpretação, mas principalmente em sua recepção e a tecnologia têm papel importante nesta transição.
Hoje, a rede mundial de computadores, permite que as pessoas se comuniquem com outras à milhões de quilômetros de distância, além disso, tem grande contribuição no desenvolvimento da mídia por estar ligada a independência e à liberdade de escolha que proporciona.
Na internet, o receptor escolhe a mensagem entre as que mais lhe interessa e tem o direito de escolher o caminho que a direcionará até ele. Através do meio, podemos fazer nossa própria playlist de canções e salva-la em CD ou passa-las para um mp3 e ouvi-las onde quisermos. Na rede, podemos assistir a filmes e curtas caseiros ou profissionais com a chance de baixá-los antes de sua apresentação na TV ou até mesmo no cinema, além de termos a rica opção de poder produzir e divulgar produções particulares. Temos também, a liberdade de ler os textos de renomados formadores de opiniões através de seus blogs e também de criar o nosso com o intuito de entreter e informar.Com tudo isso, a clássica retórica de que a mídia impõe o que consumimos e nos domina, perde força sendo que ao contrário disso, somos nós que dominamos a mídia com a possibilidade cada vez mais fácil de produzi-la. Talvez a mídia atual não nos traduza sem exageros, mas a tendência é que com a evolução do homem em paralelo com a evolução da tecnologia, nossos hábitos, nossas crenças, em geral, nosso modo de vida possa ser estudado no futuro não só no aspecto social, mas individualmente graças à mídia particular que consumimos e alimentamos em nosso cotidiano.

Fontes:

Aulas Comunicação Comparada
Cultura Livre - Laurence Lessing
foto: Google imagens

4 comentários:

  1. muitoooooooooo interesante, eu acho que a mídia traduz a grande maioria e acaba massificando nossa época mas concordo com você, no you tube mesmo sempre que se entra há uma lista para você feita através de suas do que você costuma a assistir mais.

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  2. Sim o meio está em nossas mãos e hoje podemos fazer QUASE tudo.

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  3. Bravo Jacques!
    Das cavernas ao playlist, o que tanto mudou afinal? Mudou?!

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  4. Acredito que a mídia citada, devido a alta tecnologia cada vez melhor e a hibridização dos meios, pode nos oferecer a possibilidade de produzirmos conteúdo que tanto, nos agrade, conforme citado, como também nos favoreça ( falo da exposição/sucesso repentino ), junto a mídia, que na minha opinião ainda impõe e até muitas vezes dita a regra do que deve ser consumido.

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