quinta-feira, 9 de abril de 2009

Imprensa e seu espetáculo no Cinema.

A imprensa sempre teve um papel fundamental nas nossas vidas, não só o de informal mais também de criar opiniões, questionar e até “julgar”, ao passarem suas noticias e acontecimentos.
A cima do bem e do mal, a imprensa tem seus momentos de herói e vilão, e não há uma forma melhor de mostrar isso que não seja pela 7ª arte, e não faltam exemplos. Então mostrarei alguns, que pra mim, foram bem marcantes, exemplos onde a imprensa se torna um espetáculo à parte. Nesse filmes a imprensa vem como um plano de fundo, um coadjuvante, essencial para historia.

Um dia de Cão (1975)

Ficha técnica:

Direção: Sidney Lumet
Roteiro: P.F. Kluge (artigo), Thomas Moore(artigo), Frank Pierson(roteiro)
Gênero: Drama/Policial
Origem: Estados Unidos
Duração: 124 minutos
Tipo: Longa

Baseado em um acontecimento real e estrelado por Al Patino, um dia de cão conta a historia de dois homens que tentam assaltar um banco, e o assalto que era pra durar somente 10 minutos acaba durando horas. A imprensa nessa historia vem com o exemplo clássico de espetáculo, com direito a multidão em frente ao local, helicóptero sobrevoando a cena, a cobertura completa sem intervalo pela TV, a historia completa dos assaltantes e até entrevista ao vivo como um deles, transformando o local em um grande show.


Nós temos grandes exemplos reais como o desse filme aqui no Brasil, exemplos tão fortes já estão saturados, como o caso Isabella Nardoni e o Eloah Pimentel, outro exemplo legal de se citar foi o seqüestro do Ônibus 174...


Ultima parada 174 (2008)

Ficha tecnica:
Direção: Bruno Barreto
Roteiro: Bráulio Mantovani
Gênero: Drama
Origem: Brasil
Duração: 110 minutos
Tipo: Longa


A história é de Sandro do Nascimento, menino pobre que sobreviveu à chacina da Candelária e, em 2000, seqüestrou um ônibus no Rio de Janeiro.

As últimas horas da vida de Sandro do Nascimento, 22 anos, o “seqüestrador do ônibus 174”, foram acompanhadas por milhões de pessoas através da TV. O enterro dele foi acompanhado por apenas uma pessoa — sua mãe adotiva.

Esse filme é um exemplo bem brasileiro, também baseado em fatos reais, fatos esses que nos mesmos acompanhamos, devido à presença maciça da imprensa. Pode se dizer que foi um dos primeiros espetáculos transmitidos ao vivo em rede nacional. Acredito que até a produção desse filme deve-se a imprensa, que explorou a fundo cada momento.
Essa historia também pode ser vista no documentário “Ônibus 174”, dirigido por José Padilha.



Um ato de coragem (2002)

Ficha tecnica:
Direção: Nick Cassavetes
Roteiro: James Kearns
Gênero: Drama
Origem: Estados Unidos
Duração: 116 minutos
Tipo: Longa


Um pai vivido pelo ator Denzel Washington desesperado e sem condições de pagar um transplante para salvar a vida de seu filho, toma uma medida extrema e sequestra um hospital e exige que seu filho seja operado em troca dos reféns.
Essa trama que envolve o desespero de um pai, a situação precária da saúde publica americana, traz também a imprensa como criado de opiniões fazendo com que o publico fique do lado do pai e indignados com a situação vivida pelo mesmo.

Saindo um pouco da imprensa televisiva, temos um clássico, que pode ser dito como um dos melhores exemplos de espetacularização.

Cidadão Kane (1941)

Ficha tecnica:
Direção: Orson Welles
Roteiro: Orson Welles, Herman J. Mankiewicz
Gênero: Drama
Origem: Estados Unidos
Duração: 119 minutos
Tipo: Longa

Interpretado por Orson Welles a historia é supostamente baseada em um grande magnata do jornalismo americano, contando a historia de Charles Foster Kane, que após sua morte deixa uma grande interrogação, o que seria a palavra Rosebud dita por ele no leito, levando um jornalista a investigar a vida de Kane para descobrir o sentido da palavra. A questão da imprensa na história não é soa redor dos últimos momentos de Kane, mas que sua vida foi um verdadeiro espetáculo.
Esse filme é um grande exemplo de espetacularização de nossas vida, as celebridades, e como ela pode interferir na vida dessas pessoas, tanto para o bem quanto para o mal.




O que não faltam são filmes que abordam os espetaculos da imprensa, se vocês souberem de algum que se encaixa aqui deixem sua opinião.

Fontes:
http://members.tripod.com/~encantadores/cinema.htm
http://www.cineplayers.com/

Postado por Amanda Araujo

5 comentários:

  1. Olá!!!

    A imprensa por querer desempenhar o papel de juiz, advogado, político, polícia, e outros, para atingir a sociedade que aceita e até gosta do espetáculo, esquece-se de que sua função é informar. Quando uma mídia como o jornal, por exemplo, fica a frente da sociedade em questões politicas, faz com que a mesma se acomode e por consequencia não corra atras de seus direitos de cidadão.

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  2. Bela ideia! Funcionou bem comparar a questão da imprensa e do cinema!

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  3. ☻☻ Oi Amanda...

    não sei dizer o que nos entorpece mais, se é o espetáculo em si ou a retratação do espetáculo pela arte... Os intertextos mantém a chama do cinema acesa... Já parou para pensar que alguns dos últimos grandes sucessos da sétima arte se originaram de outras obras culturais? Só para citar alguns exemplos: A série "crepúsculo", o "batman", o "diabo veste prada", "orgulho e preconceito"... tenho paixão particular por estes. Fora os que retratam a realidade como "onibus 174" que vc citou que redundam espetacularizações medíocres abordadas pela imprensa. Qual será o próximo filme? "Os nardoni" "Eloá e Lindemberg"?

    Bj Gata ☻☻

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  4. Boa Amanda !
    eu não me lembro bem, mas parece que há um filme baseado no assassinato de John Lennon !!!
    è incrível como a imprensa tem a cara de pau de dizer que ela tem obrigação de mostrar este fatos ocorrido e ainda pior, o cinema vai lá e mostra a historia de novo !!!
    é ridiculo isso !!

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  5. Belo post, com bons exemplos da espetacularização que à sétima arte mostra com propriedade.

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