quarta-feira, 1 de abril de 2009

Sociedade Narcotizada


O poder da mídia, aliado as novas tecnologias, cada vez mais determina quais são as necessidades básica do cidadão, como por exemplo, o que devemos e o que não devemos comer, que esse alimento é mais saudável que aquele, que essa comida alimenta mais que aquela. Então, quer dizer que, antes da mídia o que mandávamos para o nosso estômago não era saudável? A coisa ganha uma dimensão tão absurda, que a mídia consegue ditar qual água devemos beber, esse é aquele caso em que uma determinada empresa engarrafa uma água com sabor de limão e paga muito bem à mídia para massacrar o consumidor com propaganda, "bingo", no outro dia a tal água é mais consumida e imediatamente torna-se também mais cara, no entanto não passa de água com gás e sabor de limão. Essa é a prova que somos facilmente seduzidos pela mídia, que através de meios poderosíssimos como a televisão, o rádio, a internet, jornais e revistas consegue nos manipular feito marionetes.
O marketing empresarial junto com a mídia fez com que as pessoas acreditassem que não podem viver sem determinadas extensões dos seus corpos. Que segundo Marshal Mcluhan, o carro é uma delas, pois trata-se de uma extensão de nossos pés, as roupas que usamos que funciona como uma segunda pele e o computador como uma extensão do nosso cérebro. A idéia que vendem é a que uma roupa da moda te faz uma pessoa mais bem quista pela sociedade, que um carro mais potente de última geração te dá o tão almejado status, e que embora aquele computador de dois anos atrás, faça exatamente o que esse atual faz, você deve desfazer-se dele e comprar um novo. O nosso fascínio é tanto que esquecemos que aproximadamente à cento e vinte anos atrás vivíamos sem o carro e até pouco tempo atrás conseguíamos viver bem sem o computador, sem o MP3 ou MP7 e sem o microondas.
Em 1938, meios como o rádio já demonstrava o seu poder de influência, quando o cenarista Orson Welles, narrou na rádio Columbia Broadcasting System uma adaptação de "A guerra dos mundos", um dos livros de ficção mais famoso do escritor H.G. Welles, a narração (que por sinal foi muito bem feita), causou uma histeria tão grande na população no estado de Nova Jesrsey, nos Estados Unidos, que as pessoas chegaram ao ponto de cometer suicídio, pois realmente acreditaram que a terra estavam sendo invadida por monstros alieníginas.
Hoje, as informações chegam até nós com uma velocidade impressionante, devido à incrível estrutura tecnológica, que os veículos detêm, com isso, em um curto espaço de tempo nos bombardeam com muitas informações, diferente do que acontecia à algumas centenas de anos atrás, onde uma carta, dependendo da distância, demorava até seis meses para chegar ao seu destino, isso significa que, o mundo está cada vez menor.

Referências: www.cuidardoser.com.br
www.pucrs.br

Postado por: Luis Leite

7 comentários:

  1. muito bom luiz,a narcotização do ser humano pelas suas extensões é algo muito perigoso, ver-se o exemplo de narciso, que se joga no rio de tão narcotizado que está por sua extensão,refletida na agua, caras apaixonados por uma determinada mulher que não conseguem imaginar a hipotese de viver sem ela e acaba a matando e se suicidando depois.
    uma das coisas que acontece para deixar essa narcotização menos agressiva é a extenção sucessiva de varias partes do nosso corpo, englobando varios sentidos, mas mesmo com isso acaba que a ruptura para a nova tecnologia mexa com nosso sistema nervoso central e modifique a sociedade inteira tanto tecnicamente quanto psicologicamente, por isso devemos conhecer bem o efeito que os meios trazem (sua mensagem)para essa narcotização não ser tão forte e não acabe acontecendo com nossa sociedade o que aconteceu com narciso

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  2. Visão ampla a sua Luis! Sinceramente, não tinha parado para pensar na água com gás e sabor de limão. Nos é apresentada de maneira sutil e narcotizante que nem percebemos, o mesmo que uma manipulação.

    Analina Arouche
    (3º semestre de jornalismo)
    http://www.convermidia.blogspot.com

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  3. Oie!! Tudo bem?

    Gostei de seu texto.
    Acabei de refletir sobre algo: antes o homem confeccionava o que para si seria necessário, como comida, roupa... sabe, estilo o indio, que só consumia aquilo que necessitava para viver. Hoje esse cenário mudou, o homem consome além do que precisa, objetos simbólicos "passageiros", em meio a isso, nós temos milhares de pessoas passando fome que, nem o que chamamos de "básico para sobreviver" elas possuem. Isto é revoltante!

    bjos...

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  4. Meu apocalíptico preferrido! heheheheh
    Frankfurt na veia e água com gás e limão na minha garganta.. rs
    "A gente não quer só comida.." Lembra dos Titãs?

    Será que não preferimos viver narcotizados?

    Quem quer ser lúcido?

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Esse é o problema! estamos tão narcotizados que nem sequer paramos para pensar em como seria viver sem depender de coisas que "não servem". A nossa narcotização chega a ser tão forte que ate parece que estamos com inveja quando alguem compra algo e nós não, isso acaba fazendo com a nós vamos lá e consumimos algo que não precisarias, por exemplo !

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  7. Boa reflexão e o exemplo da água, muito bem lembrado, que mostra como é grande o poder da mídia que influência nosso dia a dia.

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